Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Mil e uma maneiras de ver as coisas

Mil e uma maneiras de ver as coisas

Ano novo

Ora, esta é a altura do ano em que se fazem as ponderações do que foi o nosso ano, daquilo que esperávamos que ele fosse e do que esperamos que o próximo ano seja. 

Muito acontece num ano inteiro. Uma pessoa pensa que o ano vai ser uma linha recta cheia de certezas e acaba o ano a perceber que foi um ano cheio de curvas e incertezas. 

Dizem que a beleza da vida é as suas voltas. Num ano muita coisa muda e à medida que as coisas mudam, nós, interiormente, mudámos com elas. 

Inicia-se um ano com uma série de desejos e aspirações que no final do ano não fazem qualquer sentido porque tudo mudou. Há que abraçar as mudanças, ter esperança, mas não ter desejos demasiado focados e sérios. É bom sonhar e dizer 12 desejos à meia noite, mas a vida tem uma forma maravilhosa de nos dar aquilo que nós não sabiámos que queriámos. 

Para muitos de nós este foi o ano das conquistas, para outros foi o ano dos corações partidos e das desilusões e para outra parte de nós foi as duas coisas. Num ano muita coisa pode acontecer. Muita coisa muda. Muita coisa é pensada e repensada. 

Make wishes but also enjoy the ride :D 

 

Ignorado com sucesso

Hoje em dia ignoram-se pessoas pelas mais estapafurdias razões. Visualiza-se uma mensagem e não se responde. Isto honestamente é falta de educação mesmo. É deixar alguém sem resposta simplesmente porque sim. Quando há uma razão para se ignorar alguém, por exemplo, deixou de se ser amiga daquela pessoa e essa pessoa insiste em mandar mensagens, mesmo depois de se ter dito expressamente que não se quer ser amiga. Ou quando se acabou um relacionamento e a pessoa insiste em mandar mensagens quando já se esclareceu que não se quer reatar um relacionamento. Agora ignorar uma mensagem sem motivo. Juro que não entendo. Ultrapassa-me.

Estamos na era do Ignorado com sucesso e não é uma boa época. 

 

Equilíbrio

Não devemos ser demasiado negativos que não deixámos a positividade entrar na nossa vida. Mas não devemos ser demasiado positivos que só vemos o lado bom e quando o lado bom aparece ficámos muito desiludidos. 

Acho que se calhar devemos ir andando e ir vendo. Consoante aquilo que as pessoas nos transmitirem vamos adequando o nosso comportamento. Sem criar expectativas. Sem esperar muito. Apenas deixar as coisas acontecerem ou não. Uma coisa muito importanto é equilibrar as expectativas. É não esperar demasiado as pessoas. E ficar feliz quando elas fazem algo que nos agrada. 

 

Ser introvertido

Alguns de nós têm uma incapacidade natural de dizer o que sentem. Por vezes temos as palavras na nossa garganta, estão ali, mas não somos capazes de as deixar sair. Isso faz com que fique muita coisa por dizer. Acho que por vezes queremos tanto uma coisa, que quase temos aquele feeling que não vamos conseguir. O que outras pessoas conseguem facilmente, para aqueles que são introvertidos pode ser muito difícil. Quantas não são as vezes que nos contemos naquilo que dizemos e depois fazemos aquela expressão em que fechamos os olhos e cerramos os lábios, como quem queria dizer mais mas se ficou pelo básico. 

As pessoas tendem a não entender aqueles de nós que são introvertidos. Acham que o normal, aquilo que cai no padrão de normalidade são aquelas pessoas que perguntam se as outras querem tomar café mesmo sem ter confiança nenhuma com elas; o que as pessoas acham normal são aquelas pessoas que se expressam, que dão abraços facilmente, que partilham detalhes íntimos ou supostamente íntimos da sua vida com toda a gente. 

Nem todas as pessoas têm capacidade de confiar facilmente, nem todas as pessoas gostam de falar abertamente, nem todas as pessoas gostam de perder o controlo e fazer figuras no meio da rua. 

Aqueles que são introvertidos têm dificuldade em expressar-se com pessoas que não conhecem, precisam que lhes seja transmitida segurança para que consigam ser eles próprios. Para os introvertidos, comportamentos irrefletidos e infantis, não fazem sentido. Não que eles critiquem esses comportamentos, cada um faz da sua vida o que bem entende e se aquela pessoa escolheu ter uma atitude irrefletida, a consequência irá surtir-se nela. Mas aqueles que são mais introvertidos não conseguem compreender como pode uma pessoa sabendo que aquele comportamento é errado, irrefletido e que vai ter consequências, mesmo assim consegue fazer aquilo.

O introvertido não age irrefletidamente, o introvertido pensa antes de agir. Quando age irrefletidamente pode ser porque já não aguenta pensar mais sobre um assunto ou porque alguém o irritou ao ponto de ter uma atitude irrefletida. 

Muitas pessoas criticam os introvertidos por não conseguirem ter um comportamento dito normal. Mas quem é introvertido não o é por escolha, é uma questão de personalidade. Para os introvertidos um jantar com amigos é mil vezes melhor do que uma ida a uma discoteca. Para um introvertido uma tarde passada a ver filmes em casa com a pessoa que gosta é melhor do que uma ida a um bar, beber um copo, rodeada de outras pessoas. 

Aqueles que são mais introvertidos sofrem com isso muitas vezes. Há oportunidades que perdem e questões que não resolvem pela seu medo da exposição e da rejeição e da vergonha.

O importante no fundo é: toda a gente é diferente e se passassemos metade do tempo que passamos a criticar, a tentar realmente perceber as pessoas e a, por vezes, ajudá-las a expressarem-se melhor, este mundo seria mil vezes mais fácil. 

 

 

Mestres do Universo

Dizem que todos nós nos atraimos por determinadas características das pessoas. É engraçado como nos atraímos pelas mesmas características em pessoas diferentes.

Dizemos: nunca mais me vou interessar por uma pessoa com este ou aquele defeito. Mas depois conhecemos alguém, ficamos com algum interesse naquela pessoa e começámos a falar mais com essa pessoa. Ao princípio ficámos orgulhosos de nós mesmos porque pensámos: "consegui, isto da atração pelas mesmas características é tudo uma grande mentira." Quando já estamos a achar que somos uns mestres do Universo.... Pimba ... descobrimos que aquela pessoa por quem nos interessamos é muito, muito parecida com a outra que nos magoou. 

E depois fica a questão: devo continuar a falar com esta pessoa, apenas na condição de mantermos uma amizade e nada mais OU arrisco e deixo o que tiver ou não que acontecer, acontecer? 

Ora bem, à partida a pessoa tendo as mesmas características irá fazer as mesmas coisas que não gostámos na outra pessoa. É como se já tivessemos tirado um curso intensivo de inglês e agora, por engano, estivessemos a frequentar exactamente o mesmo curso.

É aquela sensação do: I have dated you already (someone just like you), why try again?

 

 

Pág. 1/2

Mais sobre mim

imagem de perfil

Arquivo

  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2018
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2017
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub